quinta-feira, 18 de julho de 2019

O Nosso Querido





Ontem, dia 17 de Julho, o nosso Querido deixou-nos com um grande sorriso de saudade.

Desde os teus 58 anos que tenho o privilégio de te ter na minha vida; um avô/pai/melhor amigo tão bondoso, alegre, honesto e carinhoso como és.
Ninguém gostaria de estar no meu lugar, mas calhou-me a mim.
19 anos, fiz eu há pouco mais de 1 mês.
O meu avô, o mais Querido de todos eles, foi quem me proporcionou muitas das minhas favoritas memórias.
Aprendi a andar de bicicleta na Travessa do Rio 3, para trás e para diante, sempre bem acompanhado.
Aprendi a andar de trotinete na Travessa do Rio 3, com a mesma companhia.
Passei tardes numa garagem que ficará para sempre na minha memória.
Joguei à bola, fiz bolas de sabão, sujei a garagem... Tudo com a mesma companhia.
No tempo do talho, fingia ser cliente, e recebia uma fatia paio, ou qualquer outra delicia que encontrasse diante de mim. Oferecida pela mesma pessoa.
Sentava-me na secretária do escritório, a escolher os números e as estrelas. Com a mesma pessoa.
Era nesta secretária que estava sentado, no maravilhoso dia em que a pessoa trouxe uma delicia verde que, ao abrir, encontravam-se pingos de amor e carinho.
É esta pessoa que se deslocava ao Liceu, todos os dias, para fazer o seu habitual serviço de taxista.
Por isso, quero dizer que, honestamente, eu  não faço ideia do que farei de hoje em diante.
Sei que estás sempre comigo mas simplesmente não será a mesma coisa. Nunca mais.

Adoro-te infinito.
 
És, e sempre serás, o meu herói.


O meu abracinho eterno,

Daniel

segunda-feira, 8 de julho de 2019

O TRAUMA DA MORADA!

  O trauma da morada
                                        Miguel Esteves Cardoso

"Um dos grandes problemas da nossa sociedade é o trauma da morada. Por exemplo, há uns anos, um grande amigo meu, que morava em Sete Rios, comprou um andar em Carnaxide.
Fica pertíssimo de Lisboa, é agradável, tem árvores e cafés. Só tinha um problema. Era em Carnaxide.
Nunca mais ninguém o viu.
Para quem vive em Lisboa, tinha emigrado para a Mauritânia!
Acontece o mesmo com todos os sítios acabados em -ide, como Carnide e Moscavide. Rimam com Tide e com Pide e as pessoas não lhes ligam pevide.
Um palácio com sessenta quartos em Carnide é sempre mais traumático do que umas águas-furtadas em Cascais. É a injustiça do endereço.
Está-se numa festa e as pessoas perguntam, por boa educação ou por curiosidade, onde é que vivemos. O tamanho e a arquitectura da casa não interessam. Mas morre imediatamente quem disser que mora em Massamá, Brandoa, Cumeada, Agualva-Cacém, Abuxarda, Alformelos, Murtosa, Angeja… ou em qualquer outro sítio que soe à toponímia de Angola.
Para não falar na Cova da Piedade, na Coina, no Fogueteiro e na Cruz de Pau. (...)
Ao ler os nomes de alguns sítios – Penedo, Magoito, Porrais, Venda das Raparigas, compreende-se porque é que Portugal não está preparado para estar na Europa.
De facto, com sítios chamados Finca Joelhos (concelho de Avis) e Deixa o Resto (Santiago do Cacém), como é que a Europa nos vai considerar?
Compreende-se logo que o trauma de viver na Damaia ou na Reboleira não é nada comparado com certos nomes portugueses.
Imagine-se o impacte de dizer "Eu sou da Margalha" (Gavião) no meio de um jantar.
Veja-se a cena num chá dançante em que um rapaz pergunta delicadamente "E a menina de onde é?", e a menina diz: "Eu sou da Fonte da Rata" (Espinho).
Já para não falar em “Picha”, no concelho de Pedrógão Grande e de “Rata”, em Arruda dos Vinhos, Beja, Castelo de Paiva, Espinho, Maia, Melgaço, Montemor-o-Novo, Santarém, Santiago do Cacém e Tondela. Temos, assim, em Portugal, uma “Picha” para 11 “Ratas”. O que valeé que mesmo ao lado da “Picha”, temos a “Venda da Gaita”...
E ainda existe “Colhões”, perto de Coimbra,EE ainda temos “Colhões”, perto de Coimbra
E suponhamos que, para aliviar, o senhor prossiga, perguntando "E onde mora, presentemente?", Só para ouvir dizer que a senhora habita na Herdade da Chouriça (Estremoz).
É terrível. O que não será o choque psicológico da criança que acorda, logo depois do parto, para verificar que acaba de nascer na localidade de Vergão Fundeiro?
Vergão Fundeiro, que fica no concelho de Proença-a-Nova, parece o nome de uma versão transmontana do “Garganta Funda”.
Aliás, que se pode dizer de um país que conta não com uma Vergadela (em Braga), mas com duas, contando com a Vergadela de Santo Tirso? Será ou não exagerado relatar a existência, no concelho de Arouca, de uma Vergadelas?
É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra".
Ninguém é do Porto ou de Lisboa.
Toda a gente é de outra terra qualquer. Geralmente, como veremos, a nossa terra tem um nome profundamente embaraçante, daqueles que fazem apetecer mentir.
Qualquer bilhete de identidade fica comprometido pela indicação de naturalidade que reze Fonte do Bebe e Vai-te (Oliveira do Bairro).
É absolutamente impossível explicar este acidente da natureza a amigos estrangeiros ("I am from the Fountain of Drink and Go Away...").
iVerá que não é bem atendido. Não há limites. Há até um lugar chamado Cabrão, no concelho de Ponte de Lima !!!
Urge proceder à renomeação de todos estes apeadeiros.
Há que dar-lhes nomes civilizados e europeus, ou então parecidos com os nomes dos restaurantes giraços, tipo : Não Sei, A Mousse é Caseira, Vai Mais um Rissol. (...)
Também deve ser difícil arranjar outro país onde se possa fazer um Percurso que vá da Fome Aguda à Carne Assada (Sintra) passando pelo Corte Pão e Água (Mértola), sem passar por Poriço (Vila Verde), e acabando a comprar rebuçados em Bombom do Bogadouro (Amarante), depois de ter parado para fazer um chichi em Alçaperna (Lousã).

domingo, 7 de julho de 2019

VENHA DAÍ MAIS UM ABRAÇO PÁ...


AMIGOS PARA SEMPRE!
Tu lanças às segundas, terças e quartas, eu lanço às quintas, sextas e sábados, pró ano marcamos novo almoço, até lá porta-te bem.

quinta-feira, 27 de junho de 2019

terça-feira, 11 de junho de 2019

SERÁ QUE A ALEMANHA TEM RAZÃO!







A Alemanha tem sido nos últimos tempos o palco de uma campanha de desacreditação do carro elétrico. Esta história acaba de ganhar mais um capítulo.
Um estudo realizado por algumas instituições académicas prestigiadas de investigação da Alemanha levantou o coro de contestação em relação aos carros elétricos. De acordo com a investigação, os carros elétricos são mais poluentes do que veículos alimentados por combustíveis fósseis.
Agora, a Alemanha emite um documentário onde enfatiza que os carros elétricos podem ter um impacto ambiental maior do que um carro a diesel ou a gasolina. Segundo este estudo, todo o processo de elaboração do elétrico, considerando também as fontes de alimentação, são mais poluentes.
Christoph Buchal, professor da Universidade de Colónia, refere que o processo de extraçãodos componentes que dão forma à bateria do carro elétrico – como o lítio, o cobalto ou o manganês – fazem com que as emissões na produção do veículo sejam superiores à que emite um equivalente a gasóleo ou a gasolina durante a sua vida.
De acordo com o Pplware, este estudo levantou uma onda de contestação que levou vários especialistas a pronunciarem-se. Segundo os que defendem esta teoria, neste processo é requerida a mobilização de grandes quantidades de água, havendo também o uso de produtos químicos para a separação dos componentes. Algo que tem, de acordo com o documentário, causado grandes efeitos sobre a população local e o gado.
Desta forma, para níveis de autonomia semelhantes, a conclusão é que os carros elétricos terão maior impacto no que toca a emissões. Mas nem todos estão de acordo.
Os defensores dos elétricos seguram-se em argumentos como a limpeza do ambiente em torno destes veículos, o silêncio, a durabilidade dos materiais e a ausência de fluidos igualmente poluentes. No entanto, de acordo com o Pplware, contra estes elétricos são apontados argumentos que mostram a dependência energética que resulta da combustão do carvão, da combustão do lignite, da energia nuclear e de outras fontes, entre elas as renováveis.
Ouro argumento a favor prende-se com o facto de haver cada vez mais energia renovávelna Alemanha. Esta disponibilidade pode permitir que um carro elétrico seja recarregado de maneira mais limpa, e permitirá também que as instalações dedicadas à produção das baterias sejam alimentadas de maneira mais sustentável.
O estudo referia um outro argumento que se prende com a grande produção de lítio originária de países sul-americanos. Desse modo, era apontado que as comunidadesindígenas sofrem com a exploração. Contudo, a maior parte deste mineral vem de minas na Austrália.